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Guia de sobrevivência em condomínios

Guia de sobrevivência em condomínios

Numa reunião com o chefe, um colega apresenta uma ideia sua como sendo dele.

Sua atitude provavelmente será a de se posicionar, sem entrar em conflito direto. Depois, quando estiverem sozinhos, poderá perguntar gentilmente o que o levou a agir daquele jeito. E as lições aprendidas serão a de não confiar informações a qualquer um e preferir expor o que pensa na frente de todos, incluindo o gestor. Mas se um vizinho parar na sua vaga do prédio?

A disponibilidade para resolver numa conversa amigável tende a ser bem menor. Isso porque no ambiente corporativo estamos cientes de que precisamos administrar conflitos e aprender com eles. “Os três principais motivos de discórdia em um prédio são barulho, má utilização da garagem e animais”, diz Ana Paula Pellegrino, diretora de locações da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (Aabic) de São Paulo.

Acontecem, na maioria das vezes, por desconhecimento das regras ou pela falta de experiência em conviver com outros moradores. “Com o crescimento da construção civil, a quantidade de novos empreendimentos aumentou muito e pessoas que antes moravam em casas estão experimentando a realidade dos apartamentos pela primeira vez”, afirma. Portanto, também dá para treinar habilidades de relacionamento na vida pessoal — e o condomínio é uma das melhores escolas. A seguir, veja como lidar com os diferentes perfis de vizinho.

Fofoqueiro

Como identificar: É o falso solícito que se oferece para ajudar em tudo e aproveita para perguntar como anda a sua vida. Quando você menos espera, parte da conversa, geralmente fora de contexto, virou o assunto da vez entre os moradores.

Como lidar: Em vez de passar o tempo todo evitando esse tipo, mostre que você não é uma boa fonte de informação. Seja monossilábico nas respostas e, quando ele começar a falar mal de alguém, faça ponderações do tipo: “Cada um é que sabe da sua vida”; “Não conheço fulano a ponto de julgá-lo dessa forma”.

Folgado

Como identificar: É aquele que estaciona de qualquer jeito porque está com pressa, domina a área comum como se fosse o quintal da casa dele, ouve música no último volume sem se importar com o horário.

Como lidar: “Todos nós temos uma zona de conforto invisível, de tamanho variável. A da pessoa folgada é imensa”, diz Izabel Failde, psicóloga organizacional e consultora de carreira, de São Paulo. Pode não parecer, mas muitas vezes o espaçoso nem se dá conta de que está causando tantos problemas.

A saída é tentar fazer com que ele perceba como suas atitudes prejudicam os outros com a mesma disposição que teria ao mostrar para alguém novo na equipe qual é o código de ética da empresa. Claro, o folgado pode continuar não dando a mínima. Nesse caso, não entenda como um ataque pessoal. Se for de alguma maneira prejudicado, informe o síndico para que as atitudes cabíveis sejam tomadas sem que você precise ser o justiceiro da história.

Reclamão

Como identificar: Ele é bom em falar, mas nulo em fazer. “Nunca está presente na hora em que o grupo precisa tomar decisões importantes. Se está, só se queixa dos erros em vez de apontar soluções”, diz Jaqueline Silveira, professora de gestão de pessoas e coordenadora da faculdade Ibmec de Minas Gerais. Depois, reclama do que ficou combinado.

Como lidar: Esse tipo se sente confortável convivendo com problemas, porque tem pouca capacidade de realização. “Perguntar ‘você tem alguma ideia para resolver?’ pode gerar empatia e levá-lo a refletir”, diz a psicóloga organizacional Izabel Failde.

Egoísta

Como identificar: É o sujeito que não se mexe um milímetro quando o elevador fica cheio ou que, uma vez lá dentro, não segura o botão da porta ao ver outros se aproximarem — até faz cara de poucos amigos quando alguém entra.

Como lidar: Posicione-se, pedindo a ele a gentileza de dar um passo para trás, por exemplo, e continue sendo solícito com todos, principalmente com o figura. “Um ambiente em que as pessoas desenvolvem um espírito de equipe sempre se encarrega de isolar alguém com esse perfil, pois quem tem de se adaptar ao grupo é o egoísta”, diz Caio Infante, diretor-geral da multinacional de recrutamento e seleção Trabalhando.com.

Inspirador

Como identificar: Ele investe na política da boa vizinhança, demonstra atenção sem bajular ou se intrometer, sabe ouvir diferentes pontos de vista, aposta no bem-estar coletivo sem abrir mão de defender os próprios interesses. “Pode até intermediar conflitos e melhorar a convivência entre pessoas difíceis”, afirma Caio Infante.

Como lidar: Aproxime-se dele e adote o perfil agregador. Mesmo que não concorde com os demais, fale o que pensa, sempre embasado em informações, e não em preconcepções, e respeite as individualidades.

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